A mesquinhez gera em muitas pessoas, tal apego á matéria que não conseguem se libertar, normalmente são seres altamente desconfiados de tudo e de todos, mas geralmente vivem de
forma solitária.
Suas vidas foram moldadas por não perderem
um único tostão, mas também por cobrar de seus devedores seus negócios aqueles que lhe deviam com rigidez e sem piedade.
Na morte não é diferente. Eles possuem consciência ou semi consciência que fizerama passagem, mas, isto para eles não é importante. Plasmam muitas vezes porções amórficas de éter, e dizem ser seus milhões.
Outros andam de um ponto ao outro, simulando que estão tirando a carteira e contando dinheiro, guardam-na no bolso, depois voltam em questão de segundos a pega-la novamente, e contar de novo, não tendo fim.
Quando, pelos pensamentos de parentes ou por orações dirigidas a eles, aprendi que sempre há na terra alguém que se lembra de nós em orações, conseguem olhar pelo túnel que liga a terra, e vêem suas posses sendo usufruídas por parentes que ficaram ai se tornam mais perturbados ainda, sem querer dividir nada, ficam entre o éter plasmado de seus milhões e a sombra daqueles que por herança, assumiram seus bens.
Esqueletos ou semi esqueletos de ossos com músculos em estado de putrefação, vestindo
aqueles ternos de enterro, me lembravam muito a figura de ZUMBIS.
“E são” – lendo meus pensamentos – Dana Lu me completava e ensinava, essa é a aparência
deles a onde estão hoje e também na terra, quando podem ser vistos por alguém de sensibilidade.
Porque o apego a matéria é tão grande, que a libertação total de seus corpos, nunca vai acontecer,
quando todo o conjunto de tecidos e músculos estiver apodrecido, ai só sobram os ossos,
as unhas e os cabelos e mesmo assim, muitas
veses o desapego a matéria não acontece.
Chamam essas “pedras“ de sua fortuna, estão em constante sofrimento e preocupação de
serem roubados, estes sim Johnny, são figuras fantasmagóricas reais, fantasmas que no passado
se diziam que arrastavam correntes.
As correntes eram a forte união deles a matéria.
(trecho do livro Johnny Ghost)
Nenhum comentário:
Postar um comentário